quinta-feira, 24 de maio de 2012

Esteja alerta com a Tireóide

 Dia 25 de maio é considerado o Dia Internacional da Tireoide. No mundo todo e no Brasil, ações de conscientização da doença foram programadas para esta sexta-feira. Considerada uma doença silenciosa, estima-se que aproximadamente 300 milhões de pessoas sofram de disfunções da tireoide no mundo e, destas, mais de 50% desconhecem esta condição. Estudos populacionais brasileiros mostram que 10% da população têm problemas de tireoide.
Pensando no bem estar e na possibilidade de esclarecimentos a academia Bella Forma de Gravatá traz para você informações que poderão fazer toda diferença em sua vida. 



















A glândula tireoide é um pequeno órgão, em formato de borboleta, localizado na base do pescoço, diante da traqueia. Esse pequeno órgão é o ‘controlador chefe’ do metabolismo e desempenha um papel fundamental em nossa saúde e bem-estar. Produz, armazena e libera hormônios tireoidianos no sangue, regulando, assim, o metabolismo. Tais hormônios são essenciais para o bom funcionamento de todos os tecidos e órgãos do organismo. Eles possibilitam nosso organismo usar eficientemente seus estoques de energia, controlando a temperatura e permitindo que nossos músculos funcionem adequadamente.
A glândula tireoide pode apresentar duas disfunções:
Hipotireoidismo
Hipertireoidismo

Será que estou correndo risco?

A disfunção tireoidiana é muito comum no mundo todo, especialmente em mulheres. Ainda não se sabe, com certeza, porque as mulheres têm mais propensão do que os homens, mas elas, além de ter maior probabilidade de problemas tireoidianos, elas desenvolvem a doença mais precocemente do que os homens. Em alguns momentos, na vida de uma mulher, elas estão mais vulneráveis a problemas da tireóide. Entre esses momentos, podemos citar:
Durante a puberdade e primeira menstruação
Durante a gravidez
Nos primeiros seis meses após o parto
Durante a menopausa

Você sabia? - destaque

Problemas da glândula tireoide são oito vezes mais comuns em mulheres do que em homens
Independente do sexo, você está sob risco de problemas de tireoide se:

Tiver problemas familiares de problema de tireoide
Tiver doença autoimune como diabetes tipo 1
Tiver mais de 50 anos de idade
Tiver feito cirurgia de tireoide
Tiver síndrome de Down ou de Turner

Pessoas que foram submetidas a radioterapia ou cujos pescoços foram expostos aos raios-x também têm maior probabilidade de vir a ter problemas de tireóide. Deve-se destacar que pessoas das raças branca e asiática estão sob risco três vezes maior do que outras populações.

SOBRE HIPOTIREOIDISMO

Hipotireoidismo, ou tireóide subativa, é uma condição comum. É causada quando a glândula tireóide não produz quantidade suficiente de hormônios. Essa subprodução de hormônios reduz o metabolismo, muitas vezes, deixando os pacientes frios, cansados e deprimidos. Se você tiver hipotireoidismo, você também tem propensão a ganhar peso4, apesar de seguir uma dieta e fazer exercícios regularmente.

CONHECENDO OS SINTOMAS COMUNS:

Fadiga / sonolência
Intolerância ao frio
Ganho de peso ou maior dificuldade em perder peso (apesar de dieta e exercícios)
Depressão
Constipação
Períodos menstruais anormais e/ou problemas de fertilidade
Dores nas articulações ou músculos
Cabelos e/ou unhas finos e quebradiços ou pele ressecada e escamosa
Face, mãos e pés inchados
Queda da libido

Os sintomas de hipotireoidismo são desagradáveis e podem afetar a autoestima, o trabalho, e a vida familiar de uma pessoa. Contudo, o hipotireoidismo não só diminui a qualidade de vida,, como se ficar sem tratamento pode transformar-se em complicações sérias e tornar-se potencialmente uma ameaça de vida.
Entre as complicações graves do hipotireoidismo, citamos:
Uma frequência cardíaca tão baixa que pode fazer os pacientes entrarem em coma7
Pressão arterial elevada e altos níveis de colesterol (fatores de risco significantes de doença cardíaca)
Infertilidade
Risco de mal de Alzheimer (maior risco em mulheres)

 Tratamento

Como o hipotireoidismo não tem cura, o objetivo do tratamento é repor no organismo o hormônio tireoidiano que está faltando. Tomada diariamente, levo tiroxina (hormônio tireoidiano produzido sinteticamente) é o tratamento de escolha e permite que os pacientes vivam uma vida sem sintomas.
Se você recebeu um diagnóstico de hipotireoidismo, é importante lembrar que o tratamento é um compromisso de longo prazo e o medicamento deve ser tomado diariamente, mesmo que os sintomas estejam sob controle. Isso pode ser um tanto desanimador, mas assumindo o controle de sua condição e cumprindo o tratamento você conseguirá ficar livre dos sintomas. É aconselhável consultar o médico com mais frequência, caso ocorra alguma alteração em sua condição.

SOBRE O HIPERTIREOIDISMO

Hipertireoidismo, ou tireoide superativa, ocorre quando a glândula libera excesso de hormônio tireoidiano no sangue, acelerando o metabolismo do organismo. O hipertireoidismo tende a ocorrer em famílias, com maior frequência em mulheres jovens. Infelizmente, pouco se sabe sobre porque determinadas pessoas têm essa condição.

Se você tiver hipertireoidismo provavelmente você notará que está perdendo peso embora esteja se alimentando normalmente ou até mais do que antes. Também é possível sentir ansiedade e ter uma frequência cardíaca elevada.

CONHECENDO OS SINTOMAS MAIS COMUNS:

Perda de peso (mesmo alimentando-se normalmente)
Ansiedade e irritabilidade
Frequência cardíaca elevada (às vezes, mais de 100 batimentos por minuto)
Olhos esbugalhados
Mãos trêmulas
Sensação de fraqueza
Perda de cabelos
Movimentos intestinais frequentes
Unhas crescem rápido
Pele fina e lisa
Suor mais do que o normal
Períodos menstruais anormais

É importante que os sintomas do hipertireoidismo sejam tratados, para que não ocorram complicações sérias. A doença não tratada pode levar à arritmia cardíaca (taxa irregular de contrações musculares do coração) até ataques cardíacos. Além disso, nas mulheres menopausas, o hipertireoidismo aumenta o risco de osteoporose (perda de massa óssea) e potencialmente, de fraturas fatais.

De olho no… hipertireoidismo na gravidez

O hipertireoidismo é especialmente perigoso na gravidez, mas felizmente é raro, mas se deixado sem tratamento, pode ser grave para mãe e bebê.  Os problemas podem incluir abortamento, mau desenvolvimento do bebê no útero, trabalho de parto e próprio parto prematuro, pressão arterial elevada, defeitos físicos no bebê, e a ‘tempestade tireoidiana’ onde um evento estressante ou infecção maciça pode causar um aumento perigoso dos níveis de hormônios da tireóide.
O hipertireoidismo na gravidez é de difícil diagnóstico porque muitas das alterações normais durante a gravidez são semelhantes aos sintomas da disfunção tireoidiana, por exemplo, sensação de calor, sudorese excessiva, vômito ou coração 'disparado'.
Se você estiver grávida e estiver com mais de 100 batimentos por minuto e perdendo peso, vá imediatamente ao médico para descartar hipertireoidismo.

Tratamento

O tratamento do hipertireoidismo é mais complexo e não existe um tratamento único, que sirva para todos os pacientes. O tratamento de escolha de um medico será influenciado pelo tipo e gravidade da condição, idade e possibilidade do paciente, além das condições médicas.

O tratamento pode envolver drogas antitireoidianas que bloqueiam a capacidade da glândula de produzir hormônios da tireoide – além disso, alguns pacientes recebem levo tiroxina, para compensar a queda da produção hormonal. Alternativamente, pode-se usar tratamento com iodo radioativo para destruir células da tireoide, ou pode ser feita cirurgia para retirar parte da glândula tireoide – esses tratamentos podem causar hipotireoidismo, o que é uma condição mais fácil de controlar.

DIAGNÓSTICO DA DISFUNÇÃO TIREOIDIANA

Você sabia que há uns 300 milhões de pessoas, no mundo, com problemas na glândula tireóide, embora, supõe-se, mais da metade ignora sua condição?

Referências

Khan A, Muzaffar M, Khan A et al. Thyroid Disorders, Etiology and Prevalence. J Med Sci. 2002;2:89-94.
Canaris GJ, Manowitz NR, Mayor G et al. The Colorado thyroid disease prevalence study. Arch Intern Med. 2000;160:526-34.
American Thyroid Association. Thyroid Function Tests. 2005 Accessed March 2009.
American Thyroid Association. ATA Hypothyroidism Booklet. Falls Church, VA 2003.
Helfand M, Redfern CC. Clinical guideline, part 2. Screening for thyroid disease: an update. American College of Physicians. Ann Intern Med. 1998;129:144-58.
ACOG Education Pamphlet AP128 - Thyroid Disease. American College of Obstetricians and Gynaecologists. Washington, DC. 2002.
Roberts CG, Ladenson PW. Hypothyroidism. Lancet. 2004;363:793-803.
Tunbridge WMG, Evered DC, Hall R et al. The spectrum of thyroid disease in a community: the Whickham survey. Clin Endo. 1997;7:481-493.
American Thyroid Association. Hypothyroidism. 2005. Accessed March 2009.
Poppe K, Velkeniers B, Glinoer D; Medscape. The role of thyroid autoimmunity in fertility and pregnancy. Nat Clin Pract Endocrinol Metab. 2008;4:394-405.
Rodondi N, Aujesky D, Vittinghoff E et al. Subclinical hypothyroidism and the risk of coronary heart disease: a meta-analysis. Am J Med. 2006;119:541-51.
Tan ZS, Beiser A, Vasan RS et al. Thyroid function and the risk of Alzheimer disease: the Framingham Study. Arch Intern Med. 2008;168:1514-20.
American Thyroid Association. Hyperthyroidism. 2005. Accessed March 2009.
American Association of Clinical Endocrinologists. Hyperthyroidism. 2006. Accessed March 2009.
De Groot LJ, Stagnaro-Green A, Vigersky R. Patient guide to the management of maternal hyperthyroidism before, during and after pregnancy. The Hormone Foundation. J Clin Endocrinol Metab 2007;92:0.

Esta campanha tem o apoio de Merck Serono e Thyroid Federation International. O conteúdo deste site foi aprovado pela Federação Internacional da Tiróide, qualquer modificação do conteúdo requer aprovação prévia. Merck Serono é uma divisão da Merck KGaA de Darmstadt, Alemanha.

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