Dia 25 de
maio é considerado o Dia Internacional da Tireoide. No mundo todo e no Brasil,
ações de conscientização da doença foram programadas para esta sexta-feira. Considerada
uma doença silenciosa, estima-se que aproximadamente 300 milhões de pessoas
sofram de disfunções da tireoide no mundo e, destas, mais de 50% desconhecem
esta condição. Estudos populacionais brasileiros mostram que 10% da população
têm problemas de tireoide.
Pensando no
bem estar e na possibilidade de esclarecimentos a academia Bella Forma de
Gravatá traz para você informações que poderão fazer toda diferença em sua
vida.
A glândula
tireoide é um pequeno órgão, em formato de borboleta, localizado na base do
pescoço, diante da traqueia. Esse pequeno órgão é o ‘controlador chefe’ do
metabolismo e desempenha um papel fundamental em nossa saúde e bem-estar.
Produz, armazena e libera hormônios tireoidianos no sangue, regulando, assim, o
metabolismo. Tais hormônios são essenciais para o bom funcionamento de todos os
tecidos e órgãos do organismo. Eles possibilitam nosso organismo usar
eficientemente seus estoques de energia, controlando a temperatura e permitindo
que nossos músculos funcionem adequadamente.
A glândula
tireoide pode apresentar duas disfunções:
Hipotireoidismo
Hipertireoidismo
Será que estou correndo risco?
A disfunção
tireoidiana é muito comum no mundo todo, especialmente em mulheres. Ainda não
se sabe, com certeza, porque as mulheres têm mais propensão do que os homens,
mas elas, além de ter maior probabilidade de problemas tireoidianos, elas
desenvolvem a doença mais precocemente do que os homens. Em alguns momentos, na
vida de uma mulher, elas estão mais vulneráveis a problemas da tireóide. Entre
esses momentos, podemos citar:
Durante a
puberdade e primeira menstruação
Durante a
gravidez
Nos primeiros
seis meses após o parto
Durante a
menopausa
Você sabia? -
destaque
Problemas da
glândula tireoide são oito vezes mais comuns em mulheres do que em homens
Independente
do sexo, você está sob risco de problemas de tireoide se:
Tiver
problemas familiares de problema de tireoide
Tiver doença
autoimune como diabetes tipo 1
Tiver mais de
50 anos de idade
Tiver feito
cirurgia de tireoide
Tiver
síndrome de Down ou de Turner
Pessoas que
foram submetidas a radioterapia ou cujos pescoços foram expostos aos raios-x
também têm maior probabilidade de vir a ter problemas de tireóide. Deve-se
destacar que pessoas das raças branca e asiática estão sob risco três vezes
maior do que outras populações.
SOBRE
HIPOTIREOIDISMO
Hipotireoidismo,
ou tireóide subativa, é uma condição comum. É causada quando a glândula
tireóide não produz quantidade suficiente de hormônios. Essa subprodução de
hormônios reduz o metabolismo, muitas vezes, deixando os pacientes frios,
cansados e deprimidos. Se você tiver hipotireoidismo, você também tem propensão
a ganhar peso4, apesar de seguir uma dieta e fazer exercícios regularmente.
CONHECENDO OS
SINTOMAS COMUNS:
Fadiga /
sonolência
Intolerância
ao frio
Ganho de peso
ou maior dificuldade em perder peso (apesar de dieta e exercícios)
Depressão
Constipação
Períodos
menstruais anormais e/ou problemas de fertilidade
Dores nas
articulações ou músculos
Cabelos e/ou
unhas finos e quebradiços ou pele ressecada e escamosa
Face, mãos e
pés inchados
Queda da
libido
Os sintomas
de hipotireoidismo são desagradáveis e podem afetar a autoestima, o trabalho, e
a vida familiar de uma pessoa. Contudo, o hipotireoidismo não só diminui a
qualidade de vida,, como se ficar sem tratamento pode transformar-se em complicações
sérias e tornar-se potencialmente uma ameaça de vida.
Entre as
complicações graves do hipotireoidismo, citamos:
Uma
frequência cardíaca tão baixa que pode fazer os pacientes entrarem em coma7
Pressão
arterial elevada e altos níveis de colesterol (fatores de risco significantes
de doença cardíaca)
Infertilidade
Risco de mal
de Alzheimer (maior risco em mulheres)
Tratamento
Como o
hipotireoidismo não tem cura, o objetivo do tratamento é repor no organismo o
hormônio tireoidiano que está faltando. Tomada diariamente, levo tiroxina
(hormônio tireoidiano produzido sinteticamente) é o tratamento de escolha e
permite que os pacientes vivam uma vida sem sintomas.
Se você
recebeu um diagnóstico de hipotireoidismo, é importante lembrar que o
tratamento é um compromisso de longo prazo e o medicamento deve ser tomado
diariamente, mesmo que os sintomas estejam sob controle. Isso pode ser um tanto
desanimador, mas assumindo o controle de sua condição e cumprindo o tratamento
você conseguirá ficar livre dos sintomas. É aconselhável consultar o médico com
mais frequência, caso ocorra alguma alteração em sua condição.
SOBRE O
HIPERTIREOIDISMO
Hipertireoidismo,
ou tireoide superativa, ocorre quando a glândula libera excesso de hormônio
tireoidiano no sangue, acelerando o metabolismo do organismo. O
hipertireoidismo tende a ocorrer em famílias, com maior frequência em mulheres
jovens. Infelizmente, pouco se sabe sobre porque determinadas pessoas têm essa
condição.
Se você tiver
hipertireoidismo provavelmente você notará que está perdendo peso embora esteja
se alimentando normalmente ou até mais do que antes. Também é possível sentir
ansiedade e ter uma frequência cardíaca elevada.
CONHECENDO OS
SINTOMAS MAIS COMUNS:
Perda de peso
(mesmo alimentando-se normalmente)
Ansiedade e
irritabilidade
Frequência
cardíaca elevada (às vezes, mais de 100 batimentos por minuto)
Olhos
esbugalhados
Mãos trêmulas
Sensação de
fraqueza
Perda de
cabelos
Movimentos
intestinais frequentes
Unhas crescem
rápido
Pele fina e
lisa
Suor mais do
que o normal
Períodos
menstruais anormais
É importante
que os sintomas do hipertireoidismo sejam tratados, para que não ocorram
complicações sérias. A doença não tratada pode levar à arritmia cardíaca (taxa
irregular de contrações musculares do coração) até ataques cardíacos. Além
disso, nas mulheres menopausas, o hipertireoidismo aumenta o risco de
osteoporose (perda de massa óssea) e potencialmente, de fraturas fatais.
De olho no…
hipertireoidismo na gravidez
O
hipertireoidismo é especialmente perigoso na gravidez, mas felizmente é raro,
mas se deixado sem tratamento, pode ser grave para mãe e bebê. Os problemas podem incluir abortamento, mau
desenvolvimento do bebê no útero, trabalho de parto e próprio parto prematuro,
pressão arterial elevada, defeitos físicos no bebê, e a ‘tempestade tireoidiana’
onde um evento estressante ou infecção maciça pode causar um aumento perigoso
dos níveis de hormônios da tireóide.
O
hipertireoidismo na gravidez é de difícil diagnóstico porque muitas das
alterações normais durante a gravidez são semelhantes aos sintomas da disfunção
tireoidiana, por exemplo, sensação de calor, sudorese excessiva, vômito ou
coração 'disparado'.
Se você
estiver grávida e estiver com mais de 100 batimentos por minuto e perdendo
peso, vá imediatamente ao médico para descartar hipertireoidismo.
Tratamento
O tratamento
do hipertireoidismo é mais complexo e não existe um tratamento único, que sirva
para todos os pacientes. O tratamento de escolha de um medico será influenciado
pelo tipo e gravidade da condição, idade e possibilidade do paciente, além das
condições médicas.
O tratamento
pode envolver drogas antitireoidianas que bloqueiam a capacidade da glândula de
produzir hormônios da tireoide – além disso, alguns pacientes recebem levo
tiroxina, para compensar a queda da produção hormonal. Alternativamente,
pode-se usar tratamento com iodo radioativo para destruir células da tireoide,
ou pode ser feita cirurgia para retirar parte da glândula tireoide – esses
tratamentos podem causar hipotireoidismo, o que é uma condição mais fácil de
controlar.
DIAGNÓSTICO
DA DISFUNÇÃO TIREOIDIANA
Você sabia
que há uns 300 milhões de pessoas, no mundo, com problemas na glândula
tireóide, embora, supõe-se, mais da metade ignora sua condição?
Referências
Khan A, Muzaffar M, Khan A et al. Thyroid Disorders,
Etiology and Prevalence. J Med Sci. 2002;2:89-94.
Canaris GJ, Manowitz NR, Mayor G et al. The Colorado
thyroid disease prevalence study. Arch Intern Med. 2000;160:526-34.
American Thyroid Association. Thyroid Function Tests.
2005 Accessed March 2009.
American Thyroid Association. ATA Hypothyroidism
Booklet. Falls Church, VA 2003.
Helfand M, Redfern CC. Clinical guideline, part 2.
Screening for thyroid disease: an update. American College of Physicians. Ann
Intern Med. 1998;129:144-58.
ACOG Education Pamphlet AP128 - Thyroid Disease.
American College of Obstetricians and Gynaecologists. Washington, DC. 2002.
Roberts CG, Ladenson PW. Hypothyroidism. Lancet.
2004;363:793-803.
Tunbridge WMG, Evered DC, Hall R et al. The spectrum
of thyroid disease in a community: the Whickham survey. Clin Endo.
1997;7:481-493.
American Thyroid Association. Hypothyroidism. 2005.
Accessed March 2009.
Poppe K, Velkeniers B, Glinoer D; Medscape. The role
of thyroid autoimmunity in fertility and pregnancy. Nat Clin Pract Endocrinol
Metab. 2008;4:394-405.
Rodondi N, Aujesky D, Vittinghoff E et al. Subclinical
hypothyroidism and the risk of coronary heart disease: a meta-analysis. Am J
Med. 2006;119:541-51.
Tan ZS, Beiser A, Vasan RS et al. Thyroid function and
the risk of Alzheimer disease: the Framingham Study. Arch Intern Med.
2008;168:1514-20.
American Thyroid Association. Hyperthyroidism. 2005.
Accessed March 2009.
American Association of Clinical Endocrinologists.
Hyperthyroidism. 2006. Accessed March 2009.
De Groot LJ, Stagnaro-Green A, Vigersky R. Patient
guide to the management of maternal hyperthyroidism before, during and after
pregnancy. The Hormone
Foundation. J Clin Endocrinol Metab 2007;92:0.
Esta campanha
tem o apoio de Merck Serono e Thyroid Federation International. O conteúdo
deste site foi aprovado pela Federação Internacional da Tiróide, qualquer
modificação do conteúdo requer aprovação prévia. Merck Serono é uma divisão da
Merck KGaA de Darmstadt, Alemanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário